Outrora vigairaria da ordem de Cristo, da apresentação da Mesa da Consciência formou a comenda do São Gabriel do Ulmeiro avaliada em 756$000 reis nas primeiras décadas do Século XVII.
No átrio do Igreja Matriz, foi encontrada uma estação arqueológica composta por diversas sepulturas, tegulae e vários vasos de feição romana, o que constitui uma prova para o ancestral povoamento deste local por parte desta civilização guerreira.
Para reforçar esta tendência, há indícios de que passava pela Granja do Ulmeiro uma importante via romana, que ainda hoje é utilizada, denominada toponimicamente por Estrada Larga. Esta via, mais tarde cortada pela estrada nacional 341 e pelas linhas de caminhos de ferro, cruzava o então rio de Mouros, sobre uma ponte romana conhecida por Ponte de Pedra (junto a estação ferroviária do Alfarelos - Granja do Ulmeiro) e atravessava todo o vale do rio Munda, hoje o Mondego, em direcção ao povoado da Carapinheira.
Administrativamente beneficiou do foral de Montemor-o-Velho, dado por D. Manuel, a 20 de Agosto do 1516.
Durante anos pertenceu ao concelho de Santo Varão, extinto em 24 de Julho do 1853, passando depois para a do Montemor-o-Velho, onde permaneceu até 31 de Dezembro de 1853, ano em que integrou definitivamente a concelho do Soure.
Na primeira metade do século XX, o facto de enquadrar o importante e estratégico entroncamento ferroviário de Alfarelos, a Freguesia centraliza o acolhimento habitacional de várias centenas de famílias, pelo que regista, a partir dessa década, um forte desenvolvimento expansivo.
No campo histórico-cultural, importa referir a personalidade do Reverendo Padre Euclides de Morais impulsionador da construção do Centro da Assistência Paroquial. Homem de grande desprendimento, no que concerne a bens materiais, orientou toda a sua vida em favor da causa dos mais desfavorecidos tendo ele sempre vivido segundo o ideal cristão do desapego terreno.
ORIGENS
Granja, topónimo de origem Gaulesa, pelo que seria neste período e sob o impulso dos reis povoadores que se seguiram a D. Afonso Henriques, que o aldeamento surgiu.
A tradição indica que certo senhor possuía neste local uma extensa área de terras, que formavam uma grande herdade ou (na época) uma Granja, na qual a espécie vegetal mais abundante e opulenta era o Ulmeiro, daí que o lugar ficou para sempre conhecido por Granja do Ulmeiro.